Pâmela Averbeck (Pâmi)
Dachshund
26 de Mai, 2001
13 de Set, 2015


Lembro como se fosse ontem, o dia em que te peguei no colo pela primeira vez. Era julho de 2001, você com apenas dois meses de idade, filhotinha pequenina, tremia de medo. Fui te acariciando, te beijando, te abraçando, e você aos poucos foi se acalmando. Era um sábado de manhã quando você entrou na minha vida e eu na sua. Em pouco tempo você perdeu a timidez e assumiu o comando da casa. Quem mandava era você, eu só obedecia. Na época, nossa casa era um pequeno apartamento, passeávamos muito, você sempre muito ativa e com uma energia inesgotável. Alguns anos depois mudamos para uma casa, você ganhou mais espaço para brincar, mantendo sempre a mesma energia exuberante. Mas aos sete anos de idade você adoeceu, teve discopatia degenerativa da coluna, com muitas crises de dor e sofrimento. Juntos conseguimos superar esse problema, diminuímos os passeios, passei a te carregar no colo escada acima e abaixo, a te dar banho em casa com muito cuidado, e as crises cessaram. Aos nove anos, você teve um lipoma, que cresceu muito, por sorte era benigno e foi extraído com uma simples cirurgia. Nessa época já moráramos em outra casa, e você já tinha um irmãozinho adotivo, o Billy. Ele sempre foi muito abusado, entrava no seu quarto sem pedir licença e você xingava muito ele. Nessa época também descobrimos que você tinha um problema cardíaco, passando então a se alimentar somente com ração cardíaca, sem sal. Seu coraçãozinho ficou bem e saudável até o fim. Mas em 2015-08-31 você não quis sair da cama, nem comer. Nesse mesmo dia teve vômito e falta de ar, corremos para o médico veterinário, e após vários exames, a notícia devastadora, você estava com um tumor maligno no pulmão. Desesperadamente fizemos uma tomografia para identificar melhor isso, e procuramos um veterinário oncologista. A resposta unânime dos médicos foi no sentido de que a única saída seria extirpar o tumor e o pulmão afetado, e então você foi submetida a uma cirurgia em 2015-09-11. No dia seguinte, no final da manhã, fui te visitar no hospital veterinário, vi que você estava sofrendo, mas consciente e se alegrou ao me ver, te fiz carinho, te beijei, conversei baixinho com você, e te prometi visitar novamente no dia seguinte. Ainda disse: Pâmi, me espere, amanhã nesse mesmo horário estarei aqui para te ver. Mas infelizmente, meu amorzinho, você não resistiu a tão devastadora doença, e partiu na madrugada de 2015-09-13. Na manhã deste dia, fui te buscar, te trouxe para casa, te coloquei na caminha, no quarto e na casa em que você viveu os últimos anos de sua vida. Foi a maneira que encontrei para que você pudesse se despedir das suas coisinhas, da sua caminha, do seu espaço, já que infelizmente passou os últimos momentos longe do lar. Pâmi, não tenho palavras para expressar o vazio que ficou com sua partida e a saudade que só aumenta a cada dia que passa. Quero apenas te dizer, minha querida, que te amarei para sempre, lembrarei de você todos os dias, durante toda a minha vida, até o fim dos meus dias. Você foi e é mais que uma filha querida, você é e continuará sendo para sempre parte do meu ser e de minha existência. Rezo todas as noites antes de dormir, pedindo a Deus, São Francisco de Assis e aos Espíritos de Luz e Anjos Protetores dos Animais, que te amparem e te encaminhem no plano espiritual, que cuidem bem de você para que você seja muito feliz. Como na obra espírita “O que Encontrei do Outro Lado da Vida”, da escritora Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho, pág. 19, desejo para você, Pâmi, “o pedacinho mais lindo do Céu” ! É lá, no pedacinho mais lindo do Céu, que espero poder te encontrar um dia. Fique em Paz, Pâmi querida, papai te ama e te amará muito, para sempre !