Preta
Poodle
12 de Jun, 1998
16 de Out, 2015
Lembro bem quando chegastes em nossas vidas... Foi em Nov/1998, quando tinhas apenas 5 meses.
Fomos te conhecer e tu corrias em volta da sala, enlouquecidamente... Confesso que ficamos um pouco assustados, mas hoje acredito que foi a forma de demonstrares tua felicidade ao nos conhecer ou quem sabe reencontrar. Foi amor à primeira vista entre nós três. Te chamavam de Paty, mas achamos que Pretta ficaria melhor, pois mal se enxergava os teus olhinhos de tão pretinha que eras!!!
Te levamos pra casa e logo tu já demonstravas que serias a mais calma e doce das criaturas e, também, a dona da nossa casa e dos nossos corações, embora, algumas vezes, fosses travessa. Lembro que logo que chegaste, destruíste uns cachorrinhos de madeira que eu tinha e depois comeu meio ovo de Páscoa. Que susto, mas graças a Deus, nada de mais aconteceu, além de uma bela dor de barriga. Sempre com aquele temperamento dócil e amável que eram só teus. Não gostavas de andar de Fusca, então melhor trocar de carro, afinal, o Fusca, realmente, era muito barulhento!!! Foram muitas histórias que tivemos juntos, muitas idas na Redenção, muitas idas à praia. Descias correndo as escadas da nossa casa em Porto, parecendo que irias voar de tão rápida que eras, o que fazias só para latir lá na frente com os outros cachorros... e que feliz que ficavas te achando a dona da sacada. Em 2002 veio nossa mudança pra Floripa e nossa ótima adaptação em apartamento, embora fôssemos meninas acostumadas a morar em casa. Logo veio a gravidez não programada, o parto, o susto com a pré-eclampsia, 3 filhotes que nasceram ao invés dos 4 previstos, corrida ao veterinário, a cicatriz na barriga, o medo de te perder... mas tu logo te recuperaste e te tornaste uma mãe admirável, que amamentava as filhas mesmo com a barriguinha cheia de pontos. Lembro que deixavas somente eu e o Carlos tocar nelas, sem te preocupar!!! Tiveste mais quilômetros de estrada que muitas pessoas que conhecemos... a BR101 te fazia dormir, as vezes chorar, mas somente até ganhar o meu colinho no banco da frente...sabias que aquele teu chorinho não me deixaria resistir por muito tempo. Tinhas medo de crianças até conhecer o Rômulo e, então, o medo não mais existiu; tínhamos que ficar de olho, porque se bobeássemos lá já estavas deitadinha junto a ele. Como ele dizia: “ eras a “prima” dele “, rrsss. Sempre companheira ao meu lado no sofá, pela casa, nos passeios de bike, em que ficavas dentro do cestinho, só sentindo o vento na cara, o que também gostavas de fazer na janela do carro. Ultimamente estes passeios te faziam enjoar um pouquinho, mas se estavas na rua, estavas feliz, pois gostavas de sair cheirando tudo que vias pela frente, sem rumo e somente olhava pra trás para te certificar que estávamos por perto. O tempo foi passando e vieram os exames e a notícia que estavas doentinha. Tivemos medo, mas não te entregavas e logo já estavas firme e forte outra vez. Aproveitamos pra te curtir ainda mais, fazer todas as tuas vontades, afinal, já eras uma senhora de 17 anos. Na última semana veio à internação, o medo mais forte, coração apertado; e a volta pra casa pra te despedires e teres a certeza que estávamos contigo te amando como sempre fizemos. Sabemos que não merecias sofrer. Hoje a casa está vazia sem a tua companhia. Os fins de semana não serão mais os mesmos, pois os dias já não o são. Mas tenha certeza que nós te amamos muito nosso docinho de coco e sempre te amaremos!!! Fizeste e sempre farás parte da nossa família; és um pedacinho de nós.
Rogamos a Deus, a São Francisco de Assis e aos Espíritos Protetores dos Animais que te recebam e te guiem para o melhor lugar; que cuidem bem de ti, para que sejas muito feliz e que possas cheirar todos os jardins por onde passares e pular feito coelhinho como gostavas, até o dia em que nos reencontrarmos novamente, pra te beijar muito e soprar tua carinha até esconderes os olhinhos com as patinhas, como sempre fazias!!!"