Willy von Frau Schneider
Maltês
"Desde o momento em que nos conhecemos, foi um amor incondicional. Sequer havia ouvido falar na raça, e tu foste oferecido no lugar da minha primeira opção, que era um yorkshire. Paixão a primeira vista.
Ficavas grudado com os humanos o tempo inteiro, nunca consegui te ver sozinho em um ambiente. Carinhoso e carinhento, pedia atenção de todos que chegavam em casa, como se não ganhasse afeto suficiente. E lambia! Lambia, lambia, lambia, até gastar a língua... Pedia colo, pedia afeto, pedia comida, pedia, pedia, pedia... Em troca, oferecia lealdade, afeto, carinho, aconchego, amor e... Lambidas!
Sobreviveste sem sequelas ao ser jogado da escada de casa pelo teu irmão humano mais novo - mas nem por isso deixaste de nos amar a todos. sabias quando eu estava para chegar, mesmo sem o carro sequer ter entrado na rua. Instinto? Dom? Mágica canina? Não importa - ias me esperar na janela todos os dias, bem antes de eu chegar.
Foste um adolescente brincalhão até os 13 anos, idade em que boa parte dos cãezinhos já partiu. Somente a partir daí sentiste o peso da idade, levando ainda mais de 3 anos para finalmente sucumbir ao fardo dos 16 anos, da artrose, da cegueira, da insuficiência cardíaca e de uma possível demência.
Tua qualidade de vida ficou ruim, não reconhecias mais a gente, não podias mais comer bem, praticamente não caminhavas.
Marcar uma data para morreres foi provavelmente a mais difícil decisão que tive que tomar na vida até hoje, mas entendo que te libertaste das dores e do sofrimento.
Espero que, onde estejas, nos perdoe e vigie por nós...
Te amamos"
Alexandre Pereira
"Ad sumus"