Pretinha
Lhasa Apso
24 de Dez, 2004
17 de Dez, 2016
Posso dizer que a maior e mais linda história de amor que vivi não foi com um homem.
Lembro com tanta clareza daquele 24 de dezembro de 2004, dia do teu nascimento que pareço reviver aquele dia cada vez que penso em você.
Não conheci ainda amor mais puro e companhia mais fiel, e devo a você os meus mais sinceros sorrisos.
Pretinha nunca me deixou sentir solidão, acompanhava cada um dos meus passos. Posso jurar que sabia quando eu sentia dor, angústia, e detestava me ver chorar. Se inquietava, colava o queixinho na minha perna sentada. Tipo uma filha, puxou diversas das minhas características. Era dorminhoca e preguiçosa, tudo no seu tempo. Quando ficava muito tempo fora ao chegar só faltava falar. Gostava tanto de comer não importava o quê, que teve que lutar contra os quilinhos a mais.
Foram 12 anos até que São Francisco de Assis, o protetor dos bichinhos, resolveu leva-la para perto dele. Nada, nenhum sofrimento ou pranto que corre, tira de mim a lembrança dos dias mais felizes que tive na companhia dela.
Ser pai e mãe de cachorro também é uma arte, e quem não compartilha desse sentimento talvez não entenda a alegria que esse filho pode trazer. São dotados de uma energia diferente, leve, pura, e capazes de tirar dos corações mais duros as sensações mais moles. São mestres na arte da gratidão e de fazer alguém se sentir bem-vindo, e parecem aceitar, mais do que qualquer ser humano, que a vida é uma eterna festa.
Sei que não vai demorar para as lágrimas secarem e virarem deliciosas gargalhadas sendo você sempre o motivo do meu sorriso. ❤